Resenha Crítica: Quinze Anos (A juventude como ela é)

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Classificação:   🌟 🌟 🌟

Livro: Quinze Anos (A juventude como ela é)

Autor: Carlos Heitor Cony

Editora: Nova Fronteira

Ano: 2014

Páginas: 128

Sinopse: Quinze Anos é uma coleção de casos verídicos (ou quase), retratando a juventude como ela é. Alegrias, tristezas, apreensões, problemas, tudo recheado de humor e sensibilidade. Neste livro, o grande romancista Carlos Heitor Cony, um dos maiores mestres da nossa literatura, prova como poucos que também é um excelente contista.” Fonte: Submarino

Pense rápido. Defina esse livro em 2  palavras. Sentimental. Divertido.

Primeiramente, vamos falar do meu primeiro contato com o livro. Para se ter uma ideia: lista de material 2016, colégio, prova, livro. Lá fui eu toda eufórica comprar esse livro na Saraiva, nunca tinha ouvido falar sobre o autor, muito menos sobre o enredo. Foi aí que o problema da expectativa foi criado. O que esperar de um livro que a escola pede como paradidático, levando em consideração que é praticamente a primeira vez que o colégio toma esta atitude? Espera que seja muito bom? Espera que seja enfadonho?

Praticamente devorei o livro antes mesmo do colégio marcar a prova ou qualquer coisa. A expectativa era muito grande. No final de tudo, posso dizer que não fui extremamente desapontada, mas também não posso dizer que atendeu completamente minhas expectativas. Acredito que foi um meio termo. O livro é bom, mas não foi da forma que eu esperava.

Chega de conversa fiada, vamos a resenha! Quinze Anos é um livro de crônicas, e posso dizer que gosto de crônicas. Conta a história de uma família com filhas, pai e mãe. No começo você fica meio confuso, já que em um momento a história revela que os pais estão separados, enquanto na crônica seguinte os pais já estão felizes tomando café da manha juntos.

Algumas vezes é narrado pelo pai, outras pelas filhas. Ora as crônicas são um tanto melancólica e reflexivas – como uma em que o pai narra seu natal sem sua filha -, ora extremamente criativa e engraçada. É assim, imprevisível.

A linguagem não é difícil e a capa do livro é LINDA! O que mais me encantou definitivamente foi a capa.

E vocês, o que acharam?

 

 

Por que ler O Pequeno Príncipe?

 

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”O essencial é invisível aos olhos”

Olá pessoas! Hoje decidi fazer um post sobre esse livro incrível: O Pequeno Príncipe. Tenho um carinho imenso por esse livro, já que foi por causa dele que entrei nesse mundo das palavras! Ganhei no meu aniversário, acho que de 7 ou 8 anos,desde então me aventurei mais e mais por esse mundo das palavras. Lembro que fiquei fascinada pelo livro e completamente feliz por ler um livro para ”adultos e crianças”. Também me lembro que assim que terminei, chorei um pouco. Tinha me apegado tanto a uma história tão ”pequena” e não queria dizer adeus a esses personagens. Mal sabia que seria só o começo das minhas ressacas literárias.

Depois de uns 8 anos mais ou menos, resolvi ler novamente esse livro, agora com outro olhar. Atualmente esse livro tem feito bastante sucesso entre jovens e ganhou até mesmo um filme. Eu não posso deixar de dizer que fiquei muito feliz por ver meu livro tão querido de infância ter toda essa repercussão boa e poder tantas pessoas para comentar sobre. Mas mesmo assim, percebi que muitas pessoas ainda não conheciam essa obra tão linda e por isso resolvi separar três motivos para vocês lerem e se apaixonarem!

Sinopse: Nesta clássica história que marcou gerações de leitores em todo o mundo, um piloto cai com seu avião no deserto do Saara e encontra um pequeno príncipe que o leva a uma jornada filosófica e poética através de planetas que encerram a solidão humana. A edição conta com a clássica tradução do poeta imortal dom Marcos Barbosa e é a versão mais consagrada da obra.
Publicada no Brasil desde 1952, acompanha uma carta muito especial do sobrinho de Antoine de Saint-Exupéry e a assinatura do autor na capa.

3 – Linguagem simples

O Pequeno Príncipe é uma obra tanto para crianças como para adultos. A linguagem é simples, fácil, sem palavras difíceis. A letra é grande,além das ilustrações que ocupam algumas páginas do livro e e faz o leitor visualizar de forma melhor a estória. O livro tem 96 páginas e se você for acostumado a devorar livros… Em menos de uma hora você termina.

2 – Personagens marcantes

O livro conta sobre o Pequeno Príncipe, que possuí um pequeno planeta, onde há três vulcões e sua rosa. Porém, o Pequeno Príncipe resolve viajar e conhecer outros planetas. Nesses planetas, ele encontra um rei, um bancário, um geógrafo, um beberrão  e um acendedor de lampiões e por fim o planeta Terra. Já na Terra, um piloto (que é o narrador da história) sofre uma pane no avião e se vê perdido no meio do deserto do Saara, justamente onde ele encontro o Pequeno Príncipe. A partir daí, o Pequeno Príncipe começa a narrar todas as suas visitas aos outros planetas. O interessante é que em cada planeta, o Pequeno Príncipe aprende uma lição diferente com cada um desses personagens. Cada diálogo é marcante e repleto de significado.

1 – Uma reflexão e crítica ao homem

Aos olhos de uma criança, não passa de um livro com animais que falam e viagem entre planetas, mas para um ”adulto”, o livro retrata bem a solidão do homem. É um crítica ao fato do homem abandonar a vida, se acostumar com a rotina, esquecer o simples da vida, deixar a vida parecer preto e branco. É uma clara reflexão à posição do homem, acerca dos sentimentos que esquecemos, das coisas que supervalorizamos, mas que na verdade, não possui valor algum. Toda essa crítica é feita de forma tão simples  e pura! Sem contar as frases marcantes do livro.

E assim encerro minha recomendação a esse fantástico livro! E você? Já leu? Se interessou??? Não esquece de deixar sua opinião! 😀

OBS: está baratinho no submarino

 

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Resenha Crítica: Um Milhão de Sóis

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Classificação: 5 estrelas  🌟 🌟 🌟  🌟🌟

Livro: Um Milhão de Sóis

Série: 2º livro

Autora: Beth Revis

Editora: Novo Século Editora

Ano: 2012

Páginas: 376

Sinopse: Descubra os segredos que Godspeed esconde nessa eletrizante sequência de Através do Universo. Já se passaram três meses desde que Amy foi desconectada. A vida como ela conhecia chegou ao fim. E para onde quer que ela olhe, enxerga apenas as paredes da nave espacial Godspeed.

Mas ainda pode haver esperança. Elder assumiu a liderança da nave e ¬finalmente se vê livre para agir de acordo com seus desejos: sem mais Phydus, sem mais mentiras. Quando Elder descobre os terríveis segredos da nave, ele e Amy correm em busca da verdade por trás da vida em Godspeed.

Eles precisam se unir para desvendar um grande mistério, posto em ação centenas de anos antes. Seu sucesso ou fracasso determinará o destino dos 2.298 passageiros. Porém, a cada passo, a jornada se torna ainda mais perigosa, a nave, cada vez mais caótica, e o amor entre eles, mais impossível de se concretizar.

 

Nada a declarar. A emoção só continua!! Mais e mais reviravoltas, segredos e mentiras.

Já se passaram 3 meses desde que Amy foi desconectada e agora, Elder assume o comando de Eldest e se torna o Eldest ”supremo”, embora ainda queira ser chamado de Elder. Ele tenta controlar a nave sem Phydus e como vimos, o desfecho do primeiro livro foi ótimo. Toda aquela de cena entre Órion, Eldest, Elder e Amy me deixou boquiaberta! Porém teve um furo, afinal, 2298 pessoas da nave iriam simplesmente ficar calma quando descobriram toda aquela farsa e manipulação?? Não teria motins, revoltas e rebeliões?? Então, todos essas indagações são bem desenvolvidas no 2º  livro.

Elder agora precisa lidar com essa revolta que cresce na nave e Amy descobre que Órion deixou pistas para ela. Segundo Órion, essas pistas só podiam ser entendidas por alguém que veio da Terra-Sol e há uma escolha que só Amy pode fazer – e pela nave toda.Isso acaba fazendo com que Elder amadureça bastante.

Muitas e muitas surpresas!! Se você acha que até aqui eu dei spoiler, acredite, não dei. Essas informações são básicas e saiba que agora mesmo meus dedos estão coçando para falar tudo que acontece!! Mas não vou, prometo!!

Como percebe-se no primeiro livro, o romance não é o foco da autora. Já nesse o relacionamento de Amy e Elder é mais desenvolvido e ao mesmo tempo impossível. O conflito entre Amy e Luthor não é abandonado e até mesmo Victria entra no meio.

Eu não sei o que pensar da Amy. As vezes ele age como uma criança mimada e em outras é completamente forte e decidida!

No 2º livro, os personagens secundários são mais desenvolvidas e a trama continua eletrizante!! Logo no começo, nas primeiras páginas , você já fica completamente envolvido!! E a melhor parte é que a autora não perde o ritmo e continua assim durante todo o livro. Esse livro é perfeito!! Discute temas de certa forma profundos, como liberdade de escolha, de uma forma diferente, sabe? Como falei na  1º  resenha, essa triologia fala de tudo.

Eu quero muito, muito, muito que vocês leiam esse livro MARAVILHOSO!!!! E assim que lerem, por favor, podem comentar aqui!!

Li esse livro em dois dias e já estou devorando o último!!

Resenha Crítica: Meus 15 Anos

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Classificação:   🌟 🌟 🌟

Livro: Meus 15 Anos

Autora:  Luiza Trigo

Editora: Rocco

Ano: 2014

Páginas: 232

Sinopse: ”Uma festa de cinema! Este era o sonho de Bia, prestes a se tornar realidade em Meus 15 anos. Ela só não esperava que sua grande noite daria um filme com direito a drama, romance, comédia e ação de tirar o fôlego. Bia é a protagonista do segundo romance da escritora carioca Luiza Trigo, que vem conquistando seu espaço entre o público adolescente e pré-adolescente desde sua estreia com Carnaval e que agora convida os leitores para uma superfesta. Aliás, para a festa.”

Bia é uma menina nerd e mal vista pelo colégio, por causa da sua aparência desleixada e por ter sempre as melhores notas. Seu maior sonho é ter uma festa de quinze anos perfeita! Com valsa, madrinhas, limusine… Um dia de princesa!

Seu grupo é formado por quatro amigas: Amanda, Carol, Roberta e Priscila. Ela tem uma paixão pelo o popular da escola, Thiago e deixa seu melhor amigo, Bruno, cheio de ciúmes. Bruno é amigo dela desde criança e vive na friendzone. Jessica é a vilã da história, uma patricinha metida, esnobe,nojenta e malvada, que quer destruir a festa de Bia por pura inveja e medo de que seja melhor do que a sua.

O livro é bem adolescente, Bia vive de amores por Thiago, Bruno vive de amores por Bia e você leitor, acompanha isso tudo. O livro é bem leve e terminei em algumas horas. Os capítulos são curtos e cada um tem o nome de um filme! A narrativa se alterna entre os personagens: Bia, Bruno, Amanda, Thiago e Jessica.

Os personagens são uns fofos! Cada um deles evolui no decorrer do livro (alguns para melhor e outros para pior) e mostra todo esse cenário adolescente. A história gira ao redor dessa festa, que é descrita detalhadamente pra deixar o leitor babando mesmo! Sem contar as reviravoltas que acontecem nessa festa e deixam os personagens surpresos, chocados (embora para o leitor serem beeem previsíveis).

Mesmo sabendo todo o desenrolar da trama, Meus 15 Anos é um livro fofo, leve e que conquista o leitor. Sem contar as ilustrações dos personagens que dão um toque final no livro.

Aaaah, e caso esteja com preguiça de ler, este livro ganhou uma adaptação cinematográfica! Com a Larissa Manoela interpretando a Bia e tudo mais. Embora pelo o que eu tenho pesquisado, o filme (como sempre) vai ter umas mudanças. Não consegui achar o trailer, só uma entrevista com elenco. Espero que gostem!

Resenha Crítica: Endgame: O Chamado

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Classificação:  🌟 🌟

Livro: Endgame: O Chamado

Série: 1º  livro

Autora:  James Frey, Nils Johnson-Shelton

Editora: Intrinseca

Ano: 2014

Páginas: 504

Sinopse: O Endgame é real.
O Endgame é agora.
Leia o livro.
Encontre as pistas.
Decifre o enigma.
Quem vai ganhar?

A história começa há doze mil anos, quando seres poderosos desceram do céu entre fumaça e fogo e criaram a humanidade, deixando-nos regras segundo as quais viver. Precisavam de ouro, e, para extraí-lo, instalaram aqui as doze linhagens que deram origem às nossas antigas civilizações. Quando conseguiram o que queriam, foram embora. Mas avisaram que um dia retornariam e que, quando isso acontecesse, seria para o Jogo. O Jogo que determinaria nosso futuro. Os Jogadores terão que achar três chaves, que estão espalhadas pelo planeta. Quem achá-las primeiro ganha. Endgame: O Chamado acompanha a busca dos doze Jogadores pela primeira chave.

E não pára por aí: o livro contém um enigma. Um enigma que convida o leitor a jogar seu próprio Endgame. Quem encontrar a solução primeiro ganhará uma mala cheia de ouro. Em adição ao enigma estará disponível um jogo on-line revolucionário desenvolvido pela Niantic Labs, empresa associada ao Google e responsável também pelo jogo Ingress.”

 PRIMEIRAMENTE, gostaria de expressar minha indignidade com o preço deste livro. Comprei por 40 reais e agora custa nada mais, nada menos que R$ 10. Sou uma TROUXA mesmo.

Agora sim posso começar a resenha.

A história começa  há doze mil anos atrás, como já dito na sinopse, esses seres criaram a humanidade e dividiram em doze linhagens. Eles disseram que voltaria e quando voltasse, seria para o Jogo. O Jogo, não é nada amais, nada menos, do que o futuro da humanidade. Cada linhagem apresenta um jogador que é elegível até 21 anos. Esses jogadores precisam jogar entre si e seguir as pistas dos seres. Cada um possui uma pista que foi colocada especialmente por kleper 22b (nome do ser que está instruindo o jogo).

Cada capítulo é narrado por um jogador de uma linhagem, o que particularmente não gostei já que são várias histórias e pessoas diferentes, o que acabou me deixando um pouco confusa, já que sou meio lerdinha. Era basicamente assim: um capítulo narrava a história de personagem X, o outro já falava de personagem Y que não tinha nada a ver com o personagem X.

O livro é bem estruturado. Mesmo com toda essa confusão de capítulos narrados por jogadores diferentes, é como se fossem peças de quebra-cabeça  completamente diferentes e no final de tudo, você consegue ter uma visão completa da história.

Os personagens são bem diferentes, de cada lugarzinho do planeta. Há todo um clima de desconfiança e ódio entre eles, já que somente uma linhagem sobreviverá e as outras serão destruídas. O objetivo do livro é encontrar três chaves: A Chave da Terra, A Chave do Céu e  A Chave do Sol.

E claro, como não podia faltar, há um romance. Dois jogadores de duas linhagens diferentes formam uma aliança e acabam se apaixonando.

Vou ser sincera: esperava mais do livro. Talvez seja por ter ficado confusa com os capítulos, ou porque parecia que eu lia, lia, lia e nenhuma das minhas perguntas foram respondidas… Mesmo assim, comprei o segundo volume e estou lendo (beem lentamente). Parecia que eu só tinha perguntas e ficava cada vez mais confuso e nada era respondido.

Para quem gosta de ação, tem bastante cenas de lutas. E caso você goste de terminar o livro sem saber quase nada, também é uma boa opção.

Ah, são três livros. O terceiro ainda não foi lançado no Brasil. Cada livro contém várias pistas e acesso à links e vídeos explicativos sobre determinada civilização. Comenta muito sobre a História Antiga e tal. Só que alguém já decifrou o enigma do primeiro livro e ganhou uma boa grana (500 mil doláres). A competição do segundo livro ainda está rolando.

Resenha Crítica: Espada de Vidro

 

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Classificação:  🌟 🌟 🌟 🌟 🌟

Livro: Espada de Vidro

Série: 2º livro

Autora: Victoria Aweyard

Editora: Seguinte


Ano: 
2016

Páginas: 496

Sinopse: ”O sangue de Mare Barrow é vermelho, da mesma cor da população comum, mas sua habilidade de controlar a eletricidade a torna tão poderosa quanto os membros da elite de sangue prateado. Depois que essa revelação foi feita em rede nacional, Mare se transformou numa arma perigosa que a corte real quer esconder e controlar.
Quando finalmente consegue escapar do palácio e do príncipe Maven, Mare descobre algo surpreendente: ela não era a única vermelha com poderes. Agora, enquanto foge do vingativo Maven, a garota elétrica tenta encontrar e recrutar outros sanguenovos como ela, para formar um exército contra a nobreza opressora. Essa é uma jornada perigosa, e Mare precisará tomar cuidado para não se tornar exatamente o tipo de monstro que ela está tentando deter.”

No último post, escrevi uma resenha sobre o primeiro livro da saga, A Rainha Vermelha. Desde já aviso que pode conter spoilers, caso você não tenha lido o primeiro livro.

Depois daquele final esplêndido de Rainha Vermelha, Mare começa a conhecer mais da Guarda Escarlate. Ela acaba descobrindo mais e mais segredos e que todo mundo pode trair todo mundo.

No segundo livro, viajamos mais e mais pelo cenário de Norta. Há novos personagens (ebaa!!) encantadores e mais conflitos! O livro não perde o ritmo e a cada capítulo você fica ansioso querendo saber o final.

Mare cresce mais como personagem, embora ela tenha me irritado algumas vezes nesse livro com toda aquela história de ”ai, eu sou diferente de todo mundo. Ai ninguém confia em mim. Ai não posso confiar em ninguém. Ai eu sou muito poderosa”. Mas tirando esse blá blá blá, ela começa a aceitar que ela é diferente e que não deve ter medo disso.

O príncipe Cal continua uma incógnita. Há muitas dúvidas sobre a lealdade dele em relação à Guarda Escarlate, já que ele é útil com seus conhecimentos militares, mas todos desconfiam dele por ser um prateado.

Já no romance, o livro continua não dando tantooo destaque. Mare sente-se atraída por Cal, mas sabe que não pode se distrair com romances e beijos enquanto precisa achar mais sanguenovos e se preparar para uma guerra contra os prateados. A menininha elétrica também sente falta de Maven, ou pelo menos do que ela achava que ele era.

Maven continua extremamente presente em todo o livro. Embora Mare e Cal estejam a salvos, juntos com a Guarda Escarlate, Maven e sua mãe pairam como uma sombra, um fantasma em todos os capítulos. A tensão, o medo deles é real e persegue os personagens em cada página no livro.

Kilorn, ah, o adorável Kilorn! Continua apaixonado por Mare e bom, os dois finalmente resolvem esse relacionamentoquenãoérealacioanemento.

O cenário político continua instável e de medo. Há toda uma tensão por parte da elite prateada em relação à ascensão ao trono. Os vermelhos continuam naquele estado de opressão e desesperança devido às medidas anunciadas pelo governo. Com isso, a Guarda Escarlate cresce cada vez mais. O clima em todo o livro é de uma guerra civil, como se com um pingo, um passo errado, desencadearia um verdadeiro massacre.

Ah, e eu garanto que ainda mais conflitos e reviravoltas emocionantes como em Rainha Vermelha.

SPOILER SPOILER SPOILER SPOILER  SPOILER SPOILER SPOILER SPOILER 

E claro, não poderia deixar de falar da grande surpresa de A Rainha Vermelha, Shade está vivo! TCHARAAAM! Se bem que no início do livro, ele foi mencionado tantas vezes, que imaginei isso. Mare fica que nem pinto no lixo quando descobre que seu irmão está vivo e a relação entre eles só aumenta.

Maas, nem tudo na vida são flores, há algumas mortezinhas nesse livro. Não se apeguem a ninguém (risos).

Bom minha gente, só isso. Espero que vocês leiam o segundo livro, porque é ainda mais emocionante! Espero também que vocês tenham gostado da resenha e sintam-se a vontade para comentar!

Até semana que vem 😀

 

Resenha Crítica: A Rainha Vermelha

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Classificação:  🌟 🌟 🌟 🌟 🌟

Livro: A Rainha Vermelha

Série: 1º  livro

Autora:  Victoria Aveyard

Editora: Seguinte

Ano: 2015

Páginas: 424

Sinopse: ”O mundo de Mare Barrow é dividido pelo sangue: vermelho ou prateado. Mare e sua família são vermelhos: plebeus, humildes, destinados a servir uma elite prateada cujos poderes sobrenaturais os tornam quase deuses. Mare rouba o que pode para ajudar sua família a sobreviver e não tem esperanças de escapar do vilarejo miserável onde mora. Entretanto, numa reviravolta do destino, ela consegue um emprego no palácio real, onde, em frente ao rei e a toda a nobreza, descobre que tem um poder misterioso. Mas como isso seria possível, se seu sangue é vermelho?
Em meio às intrigas dos nobres prateados, as ações da garota vão desencadear uma dança violenta e fatal, que colocará príncipe contra príncipe e Mare contra seu próprio coração. ”

Eu sei que quase todo o livro que leio digo que é ótimo e blá blá blá. Mas esse livro é realmente fantástico! Mare é uma menina vermelha e moradora de um vilarejo pobre. A sociedade é dividida entre vermelhos e prateados. Os vermelhos são pessoas que possuem o sangue vermelho e isso significa ser condenado, já que todos os vermelhos são submissos aos seus senhores – os prateados. Os prateados possuem sangue prateado e poderes! Sim! Poderes de todo tipo! Força, ler mentes, controlar objetos de metais, controlar as águas, curar pessoas, se mover super rápido e vários outros!

A família de Mare é composta de 4 irmãos: os três mais velhos, ela e a irmã mais nova. O reino de Norta está em uma guerra há anos, e por conseguinte, todos quando fazem 18 anos (acho que é isso, não lembro) precisam ir à guerra. Seu destino está selado, assim como de seus irmãos, porém uma reviravolta acontece e ela vai trabalhar para a realeza! Em seu tempo lá, acaba  descobrindo e exibindo os seus poderes diante de toda a elite prateada! Todos levam um grande choque e para esconder seu sangue vermelho, a rainha (a melhor personagem ❤ ) inventa uma história e diz que ela pertence a uma linhagem de prateados que eles acreditavam estar perdida… Com isso, Mare é prometida ao 2º príncipe na linhagem de sucessão. Logo, a simples garota de sangue vermelho precisa aprender a conviver em meio a uma sociedade completamente diferente, sobreviver às intrigas, fofocas, traições e todo tipo de sujeira! Sem contar que ela precisa aprender a controlar o seu poder e entender o porquê exatamente disso.

O livro é incrível! A autora constrói um universo surpreendente e digno! Cheio de detalhes e riqueza de personagens, lugares, poderes, história… Você consegue imaginar tudo com perfeita precisão! A protagonista, Mare, é uma menina perdida, mas não coitadinha. Ela acaba tendo medo de toda essa situação nova na sua vida, mas ela não foge, muito menos espera ser salva por um príncipe!

Falando em príncipe, o livro não foca tanto nessa questão, mas também não deixa de lado. Mare é prometida ao príncipe Marven(um personagem excelente), mas se vê divida entre ele e seu irmão mais velho, o príncipe Cal. Ela conhece aos poucos cada um deles e acaba ficando em dúvida.

O livro em si fala bastante sobre divisão de classe e política, mas não de forma escancarada, mas através das reflexões da personagem e o desenrolar da história. A rainha Elara é simplesmente uma personagem incrível! Diabólica, vilã, inteligente e uma estrategista de primeira! Aquela personagem que você a ama e odeia ao mesmo tempo.

Como dito anteriormente, o foco do livro não é totalmente o romance, o que gostei bastante, já que não fica aquela coisa melosa como A Seleção (não que eu não goste) ,mas não fica sem sal. É como se fosse uma mistura de X-Men (os poderes) e A Seleção(todo esse lado ”realeza”).

A escrita é bem tranquila, acessível. É um livro para se devorar e ficar com o coração na boca com  final! Terminei em dois dias, devorei. Tinha várias obrigações, mas aquela história simplesmente me prendeu, estava louca para saber o final!!

Super recomendo esse livro, narrativa eletrizante do início ao fim! Vale a pena!

E você que já leu ou está lendo, sinta-se a vontade para dizer o que achou 🙂

 

Resenha Crítica: Duff (livro)

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Classificação:  🌟 🌟 🌟 3 estrelas

Livro: Duff

Autora: Kody Keplinger

Editora: Globo

Ano: 2015

Páginas: 326

Sinopse: ”Bianca Piper não é a garota mais bonita da escola, mas tem um grupo leal de amigas, é inteligente e não se importa com o que os outros pensam dela (ou ela acha). Ela também é muito esperta para cair na conversa mole de Wesley Rush – o cara bonito, rico e popular da escola – que a apelida de DUFF, sigla em inglês para Designated Ugly Fat Friend, a menos atraente do seu grupo de amigas. Porém a vida de Bianca fora da escola não vai bem e, desesperada por uma distração, ela acaba beijando Wesley. Pior de tudo: ela gosta. Como válvula de escape, Bianca se envolve em uma relação de inimizade colorida com ele.

Enquanto o mundo ao seu redor começa a desmoronar, Bianca descobre, aterrorizada, que está se apaixonando pelo garoto que ela odiava mais do que tudo.”

Pense rápido! Três palavras que definam o livro. Irônico. Interessante. Criativo.

Bianca Pieper é tipo o Magnus Chase, irônica e sarcástica até a morte. Ela fica com a vida de cabeça pra baixo quando descobre ser uma Duff e começa a questionar a si mesma. Juntando o fator Duff + separação dos pais + ter beijado Wesley Rush = caos, conflito, confusão total. Bianca é uma menina que acaba se perdendo em meio a todos os sentimentos que vai guardando e usa como ”refúgio” Wesley. Wesley o babaca. Wesley o riquinho. Wesley o galinha. Wesley o idiota. Wesley, que provoca um ódio mortal em Bianca.

Contraditório? Sim, com certeza. O fato é que Bianca começa a usá-lo como uma válvula de escape, uma fuga da realidade e dos problemas que a cercam.

O livro em si é ótimo! Fala sobre essa ideia de fugir da realidade, essa ilusão que as pessoas criam para não lidar com seus próprios problemas. Está também na pauta (e capa) do livro: DUFF (Designated Ugly Fat Friend). Basicamente aquela garota feia, ou menos atraente do grupo de amigos. Aquela menina que é vista com desprezo pelos ”populares” que só querem pegar as gatas. Bianca descobre que é uma e se vê bem arrasada por isso. O livro aborda bastante esse assunto também, mas não de forma exagerada.

Ao decorrer da narrativa, Bianca amadurece e nós também. É como um livro de auto ajuda, mas sem essa fachada de auto ajuda. Muito pelo contrário, é bem adolescente e real, sem diálogos vazios ou clichês.

Teve momentos no livro que fiquei igual a uma criancinha torcendo para que algo acontecesse (ou não). Isso – na minha opinião – só mostra como o livro prendeu minha atenção totalmente.

É fácil se identificar com os personagens, já que – como disse anteriormente – eles são bem reais e amáveis. A linguagem é atual e tranquila.

Se indico? Com toda certeza! Até a próxima! Ah, e caso já tenha lido, me conte o que achou!


‘Por que tinha de ser assim?  Por que nenhum de nós conseguia se abrir? ” Pág 40

”Apenas um tempinho juntos para que a casa não parecesse tão vazia. Quer dizer, eu amava o silêncio, mas uma dose muito grande dele pode enlouquecer depois de um tempo.” Pág 51

”-Ela apenas queria alguma coisa pra fazer com que sua mente se afastasse das coisas ruins em sua vida. – Resmunguei. – Uma forma de fugir…” Pág 83

”Sua arrogância me dava vontade de gritar, mas sua habilidade de me liberar – ainda que temporariamente- dos meus problemas me deixava anestesiada. Ele era minha droga. Era mesmo muito doentio.”  Pág 112

”Eu nunca desistiria delas apenas pra parecer mais atraente. Isso faria de mim uma verdadeira babaca.” Pág 119

” – A maioria das pessoas faria de tudo para evitar ser uma Duff.

– Eu não sou a maioria das pessoas.” Pág 120

”- Garotas adoram os babacas. É por isso que estou solteiro. Eu sou muito legal.” Pág 126

” Acredito que toda garota deve se sentir especial de vez em quando,a té mesmo você, Bianca.” Pág 145

”-Se não colocar tudo pra fora agora, você nunca vai fazer isso.” Pág 154

”- Que família disfuuncional.

A funcionalidade é superestimada.” Pág 155

”Forcei um osrriso. Tudo se resolveria. Tinha de ser resolver.” Pág 161

”Eu não deveria ter de mudar meu estilo de vida só pra agradar a ela ou a qualquer outra pessoa.” Pág 165

”Todos nós sabemos que você está destinado a grandes coisas, e faz muito tempo.” Pág 186

” Ouça – disse ele – ,você não é uma vadia. Está ouvindo? Você é uma garota inteligente, petulante, sarcástica, cínica, neurótica, leal e generosa. É isso que você é, certo? Você  não é oferecida, nem vadia, nem nada rmeotamente parecido. Só porque tem alguns segredos e algumas maluquices… Você está apenas confusa… como todos nós.

Olhei para ele, atônita. Será que estava certo? Será que o resto do mundo estava tão perdido quanto eu? Será que todo mundo tinha segredos e maluquices? Devia ter.” Pág 208

” – Bianca, vadia é só uma palavra sem sentido que as pessoas usam para magoar as outras – disse ele com a voz mais suave. – Faz elas se sentirem melhor em relação a seus próprios errros. Usar palavras como esssa é mais fáci do que entender a de verdade a situação.” Pág 209

”Precisava pôr os pés no chão. Não, não, não. Não, amor, não. Amor era uma palavra muito grande. Grande demais. Amor demorava anos e anos para brotar… certo? ” Pág 211

”Não importa aonde você vá ou o que você faz para se distrair, a realidade alcança você.” Pág 212

”- Não! – gritei, virando-me bruscamente para encará-la – Não. não, não! Eu não oa mor, está bem? O amor é raro e difícil de encontrar e demora muitos anos pra brotar. Adolescentes não se apaixonam.” Pág 221

”Eu saí da paixonite da piscina de bolhinhas direto para o profundo oceanos das emoções, infestad de tubarões. E, se você me perdoar a metáfora dramática, eu era uma pessíma nadadora.” Pág 237

” – Algo me diz que você seria boa em qualquer coisa que tentasse.” Pág 244

”Quero dizer, eu podia voltar para minha cruzada contra amassos em público pela manhã.” Pág 247

” Eu tinha o direito de me sentir feliz com aquilo. Mesmo nós, os cínicos, merecemos uma noite de folga de vez em quando, certo?” Pág 249

”- Só não queria que isso incomodasse você

-Nada a seu respeito me incomoda, Bianca.” Pág 257

”Você pode mentir para si mesma se quiser, mas a realidade vai alcançá-la. Vou esperar você até que isso aconteça… você gostei disso ou não.” Pág 287

”Chamar Vikki de vadia o vagabunda era o mesmo que chamar alguém de Duff. Era uma coisa ofensiva de dizer e magoava profundamente. Era um desses rótulos que se alimentavam dos medos secretos que todas as meninas têm de tempos em tempos. Vadia, puta, puritana, cabeça de vento. Era tudo a mesma coisa. Toda garota já foi definida por esses adjetivos sexistas em alguma etapa da vida.” Pág 296

”- As pessoas que se referem a você com nomes idiotas só estão tentando se sentir melhor. Elas também estão confusas. Você não está sozinha.” Pág 297

”É provável que eu nuca descubra. A escolha era dela. A vida era dela. E não era meu papel julgá-la.” Pág 297

” Primeira coisa – falei -, saiba que não amo você. Amo minha filha, talvez Casey e Jessica. Amor romântico leva anos para acontecer. Portanto, eu não amo você. Mas vou admitir, ando pensando demais em você e definitivamente tenho sentimentos por você… sentimentos que não o ódio da maior parte do tempo. É possível que no futuro eu venha a… amar você.” Pág 318

”Ele não era perfeito, nada nem perto disso. De qualquer forma, eu também não era. Nós dois éramos um par de pessoas problemáticas. De algum modo, isso fazia tudo ficar mais empolgante. É doentio e bizarro, mas também é bem real, não é mesmo? Já que escapar é impossível, porque não abraçar o caos?” Pág 321

Resenha Crítica: Através do Universo

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Classificação: 5estrelas  🌟 🌟 🌟 🌟 🌟

Livro: Através do Universo

Série: 1º  livro

Autora: Beth Revis

Editora:  Novo Século

Ano: 2012

Páginas:  408

Sinopse: Do outro lado do universo, um mundo inteiro os espera. Conseguirá sobreviver a essa incrível viagem?
Amy deixou para trás seus amigos, seu namorado, seu mundo inteiro para se juntar aos pais a bordo da nave espacial Godspeed. Para a longa viagem, ela e seus pais foram criogenicamente congelados, esperando enfim acordarem em um novo planeta: Terra-Centauri. Porém, cinquenta anos antes do previsto, a câmara criogênica de número 42 é misteriosamente desligada, e Amy se vê forçada a sair de seu profundo sono de gelo. Alguém havia tentado matá-la. Agora, Amy está presa em um novo – e pequeno – mundo, onde nada parece fazer sentido. Os 2.312 passageiros a bordo de Godspeed são liderados pelo tirânico e assustador Eldest. Elder, seu rebelde sucessor, parece ao mesmo tempo fascinado por Amy e ansioso por descobrir nele mesmo tudo o que se espera de um líder. Amy quer desesperadamente confiar em Elder, mas será que ela deve colocar seu destino nas mãos de um garoto que jamais conhecera a vida fora daquelas frias paredes de metal? Tudo o que Amy sabe é que ela e Elder devem correr para desvendar os segredos mais ocultos de Godspeed, antes que o assassino tente matá-la novamente.

 

Uma palavra: F – A – N – T – Á – S – T – I- C – O!!!!! A autora conseguiu deixar o livro viciante! Aquele que você DEVORA!

Os capítulos são intercalados, ora narrado por Amy, ora por Elder. A escrita não é difícil, muito pelo contrário, é viciante! A autora não despreza o fator ”revelações/segredos”, nos primeiros capítulos você já é arrastado para a história e antes no meio já está com caras e boca diante das revelações e dos segredos que descobre.

O livro se inicia com Amy sendo  criogenicamente congelada junto com seus pais. Lodo depois pula para décadas no futuro, quando a nave já está beeem distante da terra. Amy é acordada, desligada, descongelada por engano antes do tempo e agora se vê obrigada a viver nessa nave onde tudo é falos. O sol é falso. A comida é falsa. A chuva é falsa. Tudo é criado e não passa de uma péssima cópia aos olhos de Amy.

Amy acorda e conhece Elder. Os dois estão na nave espacial Godspeed, Elder é o próximo líder da nave e desde cedo vive com esse ”peso”. Seu instrutor é o Eldest (o mais velho da nave), ele é o ”vilão” do livro. A história não foca muito no romance, questões morais, éticas e filosóficas são mais abordadas através dos conflitos dos personagens. Exemplo: uma pergunta que Amy/Elder tem na cabeça é se vale a pena passar toda a sua vida presa numa nave, entre metais frios e pesados. Será que vale a pena sacrificar tanto e nunca conhecer (no caso de Amy nunca mais sentir, ver)o sol ou a Terra-Nova (como é chamada a próxima Terra)? Vale a pena? O livro mexe muito nesses conceitos.

Outro ponto muito positivo é que a nave é muito bem detalhada, você consegue ter uma boa imagem.

Os personagens são bem desenvolvidos, você sente cada conflito, drama, tudo que eles passam, você conhece a história deles. Um livro viciante, sério!

O final me surpreendeu. Se atendeu minhas expectativas? Foi além! Sinceramente, não consigo ver nenhum ponto negativo no livro. Sem contar que A CAPA É LINDA!!! É o rosto de um garoto e uma garota se beijando, embora ache um meio sem sentido, já que não há beijo no livro (só um). Definitivamente Através do Universo não é um livro de romance, não mesmo!

SUPER RECOMENDO!!!! Já estou devorando o segundo!!

Resenha Crítica: O Cortiço

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Classificação: 3 estrelas 🌟 🌟 🌟

Livro: O Cortiço

Autor: Aluísio Azevedo

Editora: Clube do livro

Ano: 1890 – 2014

Páginas: 224

Sinopse: ”O Cortiço, livro publicado em 1890, é considerado uma obra-prima do Naturalismo no Brasil. Ainda que notadamente influenciado por Émile Zola, são notórios o vigor e a originalidade de uma narrativa que traz à baila os problemas sociais urbanos da sociedade daquela época – tendo como “palco” principal um cortiço. Pintor de variada galeria de tipos, da representação do cotidiano, Aluísio Azevedo fixou-se nas letras com seu traço forte e também por personificar, com grande destaque, a fase naturalista brasileira.”

Antes de tudo, quero deixar claro que o autor era naturalista. ‘‘O que é Naturalista?” Pessoa que segue a corrente literária chamada Naturalismo, onde as ações e reações dos personagens são justificadas pelas emoções e por influência do ambiente. Então em toda parte do livro é possível sentir isso.
O Cortiço acompanha a história e a rotina dos moradores do cortiço, que é uma espécie de pensão. O livro conta a história de João Romão e Jerônimo . O primeiro é um português, dono do cortiço e completamente avarento. Tem o dinheiro como senhor na sua vida e começa almejar uma vida na corte, quando seu vizinho, Miranda, ganha o título de Barão – e não mede esforços para conseguir isto.

O outro, Jerônimo, é português, trabalhador e pai de família. Começa a trabalhar na pedreira de João Romão e a morar no cortiço, onde conhece Rita Baiana, a mulata que o enfeitiçou e o abrasileirou. Devido a este amor, ele chega a cometer loucuras e deixa ser completamente dominado pelo amor.

O livro em si não tem “protagonista”. De certa forma, o próprio cortiço é o protagonista; já que o autor faz uso da prosopopeia (personificação) e é possível ver uma “evolução” do cortiço.

A narrativa não é cansativa, nem demorada. Diferente de Senhora, não há 54847379 páginas falando sobre o mesmo assunto. A história é interessante e cativante. O desenrolar da trama e a personalidade de cada personagem é algo que me encantou.

Ótima leitura! Com algumas partes bem sensuais e outras cômicas.

”A gente se queixa é da sorte!” (Cap  I)

 

”Prezava, acima de tudo, a sua posição social tremia só com a ideia de ver-se novamente pobre, sem recursos e sem coragem para recomeçar a vida, depois de se haver habituado a umas tantas regalias à hombridade de português rico que já não tem pátria na Europa.”  (Cap I)

 

”Conhecia-lhe o temperamento, forte para desejar e fraco para resistir ao desejo.” (Cap I)

 

”-Ah! Isto é o mundo, e, se é torto,não fomos nós que o fizemos torto!…Até certa idade todos temos dentro um bichinho carpinteiro,que é preciso matar,antes que ele nos mate.” (Cap II)

 

”-Para tudo há horas e há dias!” (Cap III)

 

”- Se são bons ou maus só com o tempo se saberá!” (Cap V)

 

”[…]Cheios de uma graça irresistível, simples, primitiva,feita toda de pecado, toda de paraíso,com muito de serpente e muito de mulher.”  (Cap VII)

 

”Jerônimo fechara os olhos, para a não ver, e ter-se-ia,se pudesse,fechado por dentro,para a não sentir.” (Cap VIII)

 

”-Quem vê cara, não vê corações” (Cap V)

 

”Porque, só depois que o sol lhe abençoou o ventre; depois que  nas suas entranhas ela sentiu o primeiro grito de sangue  de mulher, teve olhos para essas violentas misérias dolorosas, a que os poetas davam o nome de amor.” (Cap XII)

 

”Confio nos meus dentes, e esses mesmos me mordem a língua.” (Cap XV)

 

‘’Os mesmos que barateavam tão facilmente a vida, apressavam-se agora a salvar os miseráveis bens que possuíam sobre a terra.’’ (Cap XVII)

 

‘’Depois, como neste mundo uma criatura a tudo se acostuma.’’ (Cap XXII)

 

‘’Namorava-se forte, mas com disfarce, furtando-se olhares no complicado encontro dos espelhos.’’  (Cap XXIII)


OBS: Post do blog antigo (16/12/2015)